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Com o crescimento do empreendedorismo nos últimos anos, cresceram também as demandas dos empreendedores sobre o que é preciso para gerenciar bem um negócio.
Uma das principais tarefas que surgem na lista a se fazer é abrir uma conta PJ.
De acordo com os especialistas Martinho Isnard (professor da FEA/USP) e Carlos Heitor Campani (professor do Coppead/UFRJ), a conta de pessoa jurídica é importante por separar a vida pessoal do trabalho. E, no caso dos micro e pequenos empresários, essa distinção é essencial.
Separar os gastos pessoais dos da empresa é o primeiro passo para garantir a saúde do seu negócio. Por isso, a importância de abrir uma conta PJ.
“Às vezes, o negócio está indo bem, mas você se sente sufocado porque, na verdade, é a pessoa física que está gastando demais. E, com exceção do MEI, todas as modalidades de empresas precisam receber na conta jurídica, com notas fiscais emitidas e recibos, para ter toda a contabilidade da empresa correta e evitar problemas com a Polícia Federal”, explica Campani.
O professor destaca que, além da parte prática, ter uma conta PJ demonstra para clientes ou investidores que você é formal, profissional, e isso é positivo.
De acordo com o professor da USP, o cartão de crédito pessoal pode ser um vilão, já que pode gerar um descontrole nos gastos. Mas, ao mesmo tempo, ter um cartão de crédito para sua conta PJ pode servir de capital de giro – ou seja, aquele valor que você precisa para dar um impulso inicial no negócio.
“Por exemplo: um empreendedor que faz salgadinhos pode comprar os ingredientes no começo do mês com o cartão de crédito. Mas, conforme ele vende ao longo do mês, não pode perder de vista que deverá pagar essa fatura”, diz Isnard.
Por isso, é importante documentar as entradas e saídas da sua empresa.
Ter uma planilha de controle financeiro da sua empresa é outro passo essencial. “O ‘demonstrativo de resultados’ é uma planilha em que você vê o quanto vendeu, quanto foi gasto e quanto é retirado para o empresário”, afirma Isnard.
Segundo Campani, não importa se a planilha será digital ou no papel, mas que ela tenha as informações corretas. “Assim, você percebe se o negócio é viável, se dá lucro, e para onde parte do lucro está indo: despesas, aumento de receita, entre outros”.
Para o professor da UFRJ, as fintechs desbancaram os bancos tradicionais quando o quesito é conta PJ, já que muitas não têm custo algum.
O professor da USP também aponta os maiores custos dos bancos convencionais. “No banco tradicional, a lógica das taxas é maior. Se você consegue fazer seu movimento todo online, é fácil ter uma conta jurídica em fintech, ainda mais neste momento que vivemos, de PIX e transferências digitais”, conclui Isnard.
Fonte: Pequenas Empresas e Grandes Negócios