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Mesmo após o retorno do comércio presencial, o e-commerce no Brasil segue em crescimento no início de 2022. A digitalização vivenciada durante a pandemia forçou as pequenas e médias empresas (PMEs) e o comércio em geral a se adequar a esse movimento de compras online. Já o consumidor viu nessa tendência não só a facilidade e conveniência para realizar suas compras, mas também experimentou um modelo que continua sendo sua preferência, mesmo com a possibilidade do retorno às lojas físicas.
Dados da Nuvemshop confirmam essa tendência. O estudo, realizado com a base de mais de 90 mil lojistas cadastrados na plataforma da empresa, aponta que o faturamento das PMEs online cresceu 23% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período em 2021 — com o total de vendas alcançando R$ 573,2 milhões.
Os setores de Moda e Acessórios lideraram as vendas online nesses últimos três meses. Os dados também revelam que o volume de pedidos online cresceu 14% nesse trimestre em relação aos dados trimestrais do começo do ano passado. Já o total de produtos vendidos chegou a 10,7 milhões, 12% maior que no mesmo momento de 2021.
“Mesmo com a volta do varejo presencial, ainda observamos o crescimento do e-commerce no Brasil. Embora as previsões para o setor tenham sido mais tímidas para este ano, indicando certa estabilização, os pequenos e médios empreendedores continuam apostando no ambiente digital”, diz Luiz Natal, gerente de E-commerce e Desenvolvimento de Plataforma da Nuvemshop.
Para Natal, esses números devem continuar crescendo, à medida que mais pessoas incorporam as lojas online em suas rotinas.
Entre as formas de pagamento, o levantamento mostra que o Pix tem ganhado mais representatividade nas vendas online de PMEs. A ferramenta, que tinha pouca expressividade entre os meios de pagamentos nos primeiros três meses do ano passado (0,7%), representou 14,1% dos pedidos online pagos no primeiro trimestre de 2022, ficando à frente do boleto, que representou 4,3%.
Ainda assim, o meio de pagamento mais escolhido é o cartão de crédito, que corresponde a 52,8% dos pedidos pagos nos três primeiros meses do ano.
Já nas regiões com maiores avanços o estudo apontou os estados de São Paulo (R$ 290,3 milhões), Minas Gerais (R$58,8 milhões) e Rio de Janeiro (R$38,6 milhões) liderando o faturamento nacional — seguindo os levantamentos anteriores.
Já o estado do Ceará, que ocupa a quarta posição da lista, apresentou um crescimento de 34%, em relação ao mesmo período do ano passado, com R$ 30,4 milhões de faturamento.