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De janeiro a julho, Minas Gerais registrou um saldo positivo de 104.888 empresas abertas. No período, foram constituídos 253.129 novos empreendimentos no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Já outras 148.241 empresas foram fechadas no período. Até o sétimo mês do ano, o Estado contava com 2,3 milhões empreendimentos ativos, de variados portes. Os dados são do painel Mapa de Empresas, do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic).
Conforme o levantamento, a abertura de empresas no Estado, ao longo dos primeiros sete meses do ano, representou uma variação positiva de 1,56% frente ao mesmo período do ano passado, já que naquele intervalo haviam sido constituídos 249.234 novos negócios.
Segundo a assistente de dados do Sebrae Minas, Bárbara Pimenta, a melhoria do cenário econômico é um dos fatores que tem estimulado a maior abertura.
“Os números são reflexo da melhora no quadro econômico em geral. Por exemplo, o Produto Interno Bruto (PIB) de Minas Gerais voltou a crescer no primeiro trimestre de 2023, depois de dois trimestres consecutivos de retração. A gente também nota uma melhora do poder de compra das famílias e isso influencia positivamente o empreendedorismo”, explicou.
Do total de empresas abertas em Minas Gerais, 247.099 foram de matrizes e 6.030 de filiais. O tempo médio de abertura no acumulado de 2023 ficou em 1 dia e 3 horas.
Conforme os dados do Mdic e considerando a natureza jurídica dos negócios constituídos em 2023, a grande maioria, 202.619, foi da modalidade empresário individual. Outras 49.175, de sociedade limitada. Também foram constituídas 814 empresas de sociedades anônimas, 180 sociedade em conta de participação, 170 cooperativas e 16 empresas públicas.
Já no sentido oposto, 148.241 empresas foram encerradas no Estado. Representando, assim, uma elevação de 29,51% frente ao número registrado no mesmo intervalo do ano passado (114.459).
“Nesses últimos meses, nós tivemos uma situação de crédito com juros muito alto e isso, às vezes, compromete a capacidade de administrar o negócio em geral. Então, a gente percebe a dificuldade do empreendedor que já é formalizado em manter o negócio às vezes por falta de capacitação, por falta de acesso à informação de gerir o próprio negócio”.
Os dados do Mdic mostram também que, na natureza jurídica, a maior parte dos encerramentos foi de empresários individuais (que engloba MEIs e alguns MEs), com o fechamento de 126.642 negócios. Em seguida, veio a sociedade limitada, com 21.011 encerramentos, e sociedade anônima, com 347 empresas encerradas.
“Como a gente pode ver nos números, o MEI é o que mais puxa em percentual e número absoluto o encerramento de empresas. A gente presume que, isso, seja por conta do reaquecimento do mercado de trabalho formal, porque impacta diretamente no encerramento de empresas e em especial o MEI”.
Apesar do crescimento mais expressivo no encerramento das empresas do que na abertura, o Estado encerrou o período com saldo positivo e mais de 2,3 milhões de negócios ativos.
Considerando as empresas ativas por atividade econômica, o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios lidera. Ao todo, são 121.545 empresas do segmento abertas em Minas Gerais.
Em seguida, vieram as empresas de cabeleireiros, manicure e pedicure, com 103.744 unidades; obras de alvenaria, com 76.302; promoção de vendas, 66.012; lanchonetes, com 50.181; e comércio varejista de mercadorias em geral, com 43.938 empresas.
Para os próximos meses, as tendências são positivas e o número de empresas novas deve continuar crescendo.
“Com os últimos números que a economia tem apresentado, como o PIB de Minas e o início tímido da redução da Selic, a gente tem colocado boas expectativas em relação à abertura de empresas. Um fato importante é pontuar que, por mais que o encerramento de empresas tenha aumentado, a gente continua com um saldo positivo de empresas. Então, isso se deve a esse cenário econômico que tem sido trabalhado de pouquinho a pouquinho na melhora do ambiente de negócios”, explicou Bárbara.