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Os pequenos negócios são fundamentais para a economia, principalmente, por estarem entre os maiores geradores de emprego e renda. Em Minas Gerais, estas empresas já são cerca de 2 milhões e levando em conta os dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), que inclui a agricultura familiar, o número chega a 3 milhões.
De acordo com os dados do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), dos 2 milhões de pequenos negócios, a maior parte, 64,28% ou 1,33 milhão são de microempreendedores individuais (MEI). As micro e pequenas empresas somam 742.351 ou 35,73% do total.
Das mais de 1,3 milhão de MEIs, a maior parte, mais de 586 mil, é do setor de serviços. O comércio é o segundo setor na categoria, com mais de 391 mil empresas. Atuando na Indústria são 214,5 mil, Construção Civil, 129,8 mil, e Agropecuária, 13,5 mil.
Dentre as atividades econômicas, a maior parte das MEIs são de cabeleireiros, manicure e pedicure, seguida por comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios (91.708) e obras de alvenaria, 68.034.
Entre as MPEs, as microempresas são a maioria e somam 654,1 unidades, sendo mais de 290 mil voltadas para o setor de serviços e mais de 256,2 para o comércio. Entre as atividades exercidas, estão o comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios, 27.180, comércio varejista de mercadorias em geral e lanchonetes, casas de chá, de sucos e similares, com mais de 15,1 mil unidades.
Já as Empresas de Pequeno Porte (EPP), são 88.245 em atividade no Estado. A maior parte, 36.699, é do setor de serviços e 33.926 do comércio.
Os pequenos negócios são importantes para o desenvolvimento, principalmente, em momentos de crise econômica, como a vivenciada durante o período mais crítico da pandemia de Covid-19.
Segundo a analista da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Bárbara Castro, durante os primeiros anos da pandemia, 2020 e 2021, com o fechamento de diversas atividades econômicas, houve grande aumento do desemprego e as pessoas, por necessidade, tiveram como alternativa, para manter a renda, abrir o próprio negócio.
De acordo com os dados do Sebrae, a abertura de pequenos negócios bateu recordes em 2020 e 2021, com a abertura saltando de 205.185 empresas em 2019, para 288.416 em 2020 e 374.377 em 2021.
“Os pequenos negócios têm papel fundamental na geração de empregos e também de renda. Durante a pandemia, a gente vivenciou uma abertura muito maior, eles são a solução para o desemprego. Na crise, as pessoas abriram negócio como forma de obter renda. Então são de extrema relevância para o desenvolvimento econômico como um todo”.
Em termos de emprego, os pequenos negócios são os grandes geradores. Cerca de 57% de todos os postos de trabalho em Minas Gerais estão atrelados às micro e pequenas empresas.
“Na geração de renda elas também são relevantes. Em 2020, por exemplo, foram responsáveis por 40% dos salários pagos em Minas Gerais”, explicou Bárbara.
Ainda segundo Bárbara, em 2022, com a melhoria de alguns indicadores macroeconômicos com o de empregos, por exemplo, a abertura de pequenos negócios e também o fechamento estão menores.
No Estado, ao longo do primeiro semestre foram abertas 209.491 empresas, número 5,6% menor. No mesmo período, o fechamento retraiu 38% e chegou a 49.209 empresas encerradas.
“Agora, em 2022, a gente segue com alguns indicadores macroeconômicos dando resultados positivos. A nossa economia apresenta um processo de recuperação, não no patamar que o País precisa para alavancar o crescimento, mas alguns se movimentam mais rapidamente, como mercado de trabalho. Mas, ainda tem fatores que prejudicam, como a inflação e os juros elevados, incertezas de modo geral nos mercado e as eleições”.