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Não é segredo que os dois últimos anos impactaram fortemente todos os âmbitos do comércio. Com o confinamento compulsório e as duras restrições na mobilidade, pequenos e médios varejistas foram especialmente atingidos.
Muitos, infelizmente, não tiveram condições de sustentar sua operação. Para os que mantiveram seu negócio, é urgente a necessidade de reinvenção para ampliar as vendas e se recuperar das perdas.
Elencamos aqui alguns dos principais desafios dos lojistas nestes novos tempos e algumas dicas rápidas de como driblá-los com foco, proatividade e persistência.
A abordagem de vendas omnichannel é uma realidade irreversível no acelerado processo de digitalização da economia.
O lojista precisa investir na convergência entre loja física e canais digitais, de forma que consumidor e comerciante possam transitar em todas as interfaces de forma simultânea.
Por exemplo: ao consultar determinado produto na loja virtual (site e/ou aplicativo), o cliente pode verificar se ele está disponível na loja física e reservá-lo, para ter uma experiência mais próxima ou mesmo para retirada.
O contrário também é possível: o cliente pode gostar de um produto indisponível no tamanho desejado, mas o lojista verifica se há disponibilidade em outra loja para entrega online. O omnichannel ajuda a promover experiências de compra cada vez mais customizadas e a estreitar as relações entre o público e o varejista.
Embora as vendas via site ou aplicativo sejam altamente recomendáveis, nem toda loja tem porte para aderir a essa tecnologia. Isso não significa que o pequeno e microempreendedor não deva investir no e-commerce via as redes sociais que conversam diretamente com seu target, por meio de postagens que encantem e estimulem o desejo de compra.
Para se ter uma ideia, os canais digitais respondem, atualmente, pela média de 54% da receita dos varejistas, segundo pesquisa recente do WhatsApp Pay, a ferramenta de transferência de dinheiro e pagamentos do WhatsApp.
“Experiência” é a palavra da vez no mercado. O consumidor, hoje, não deseja apenas satisfazer uma necessidade, mas sim ser surpreendido, mimado, ter seus desejos antecipados.
Para isso, o varejista deve investir na associação entre o trabalho de TI e do marketing, com a criação de um bom banco de dados de sua clientela e uma leitura atenta do comportamento dos clientes nas mídias sociais. Por meio das informações específicas geradas, o varejista pode indicar produtos e serviços específicos e surpreender o cliente em datas especiais, como o seu aniversário, fidelizando-o pelo atendimento diferenciado.
Cada vez mais, o varejista precisa reconhecer seus concorrentes diretos e traçar o que ele pode oferecer como diferencial e valor agregado ao cliente.
A avaliação deve se concentrar especialmente em pontos como o mix de marcas e produtos, o preço ofertado, o relacionamento com os consumidores e o nível de presença digital. Importante também olhar para fora com o viés do consumidor, que costuma fechar a compra quando soluciona a equação entre bom preço e produto desejado.
De nada adianta acertar no varejo e errar no atacado. Todo lojista precisa ter fornecedores de qualidade e de confiança, que assegurem a boa logística da cadeia de suprimentos, o que chamamos de supply chain, dentro do prazo estipulado ao cliente.
Procurar parceiros-chave na negociação é a estratégia mais acertada para o varejista garantir produtos de qualidade a bom preço.