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Nove em cada dez pequenos negócios de Minas Gerais já aceitam o pagamento via PIX. São micro e pequenas empresas, além dos microempreendedores individuais (MEIs). Entre esses comerciantes, mais de 80% avaliam que ter incluído a nova modalidade de pagamento foi muito bom (58%) ou bom (25%) para os negócios.
É o que mostra um levantamento realizado pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), entre os dias 9 e 21 de outubro, com 1.257 empreendedores. Apenas 7% dos entrevistados reclamaram de alguma desvantagem, como o aumento de custo ou impostos (45%) ou dificuldade de realizar o controle financeiro (30%).
O Brasil tem hoje cerca de 348 milhões de chaves PIX e quase 113 milhões de usuários cadastrados, segundo o Banco Central. O Sebrae estima que 10% deles são de Minas Gerais. ‘’A adesão é maior entre os mais jovens. A taxa dos que aceitam PIX até 30 anos, por exemplo, é de 97%. É um número de adesão muito alto para um meio de pagamento lançado há pouco tempo”, afirma o gerente da Unidade de Inteligência Empresarial do Sebrae Minas, Felipe Brandão. ‘’Pela praticidade, ausência de taxas para pessoas físicas, o PIX é uma forma de circulação de dinheiro que faz a economia das micro e pequenas empresas funcionar’’, diz.
O estudo do Sebrae também mostra que as mulheres (95%) têm uma ligeira vantagem sobre os homens (93%) na adoção do PIX. Entre elas, a adesão foi maior entre as negras (97%) em relação às brancas (93%). O levantamento indica ainda que a inovação é mais utilizada entre os empreendedores com ensino superior incompleto (97%) e ensino fundamental completo (96%).
Alessandra Alvim Morais inaugurou uma loja de roupas femininas e acessórios – a Verde Cor Boutique – na mesma época em que o PIX foi lançado, em novembro de 2020. Ela conta que o PIX já é a forma de pagamento usada em boa parte das vendas. “50% são cartão de crédito, 20% PIX, 20% cartão de débito, e dinheiro 10% no máximo. As pessoas vêm pegando confiança e as transações por PIX estão crescendo cada vez mais’’, diz.
A comerciante afirma que tem uma tática pra não cair em golpes. ‘’Minha vendedora passa o comprovante na hora e eu confiro imediatamente se o dinheiro foi depositado na conta da loja. É a forma de evitar o que já aconteceu com algumas empresas, que recebiam falsos comprovantes, telas falsas printadas e enviadas antes da conclusão da operação’’, explica.
Leonardo Portella, que é microempreendedor individual (MEI), também é um dos entusiastas dessa ferramenta de pagamento. Proprietário da Nude Cores – Sapatilhas, uma loja de calçados femininos, ele resolveu adotar o PIX para realizar as transações diárias e tem aprovado a nova facilidade. Ele diz que não é possível afirmar que houve um aumento nas vendas, mas afirma que a negociação ficou mais segura e prática. ‘’É tudo muito rápido. Recebo mensagem do banco na hora que o dinheiro cai na conta. Quando o cliente vai embora, eu já posso utilizar esse valor, da venda que eu acabei de fazer, pra pagar outras contas, por exemplo’’.